Era um folclorista tão importante quanto Luís da Câmara Cascudo, apesar de sua biografia ser pouco comentada pelos potiguares
Falam que Natal é uma terra que não tem
história ou cultural. No entanto, importantes folcloristas lutaram para que não
só a capital potiguar, mas também todo o Rio Grande do Norte mostrasse o seu
valor através dos estudos das nossas tradições. Um deles foi Deífilo Gurgel,
esse senhor da foto acima, falecido em 2012, nos deixando uma vasta
contribuição intelectual. Natural de Areia Branca, nascido no ano de
1926, ele veio à Natal para estudar, formou-se em Direito e fixou residência na
cidade. Na década de 60, aos 40 anos, começou seus estudos sobre cultura,
devido à sua fascinação pelo assunto.
Era um folclorista tão importante quanto
Luís da Câmara Cascudo, apesar de sua biografia ser pouco comentada pelos
potiguares.
Na Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN), ele ensinava a matéria chamada “Folclore Brasileiro”.
Em suas pesquisas se aprofundou nas raízes
históricas do povo potiguar, o que resultou em descobertas inéditas, como as de
1985, quando coletou exemplos do romanceiro popular ainda não registrados por
qualquer outro pesquisador brasileiro, merecendo menção o “Cavalo Moleque
Fogoso”, de Fabião das Queimadas, além de ter descoberto a Dona Militana
(matéria para uma futura postagem) e o escultor Xico Santeiro, já falado no BRECHANDO
.
Em 1970 foi nomeado Diretor de Cultura do
município do Natal, por João Faustino, que na época era secretário de Educação.
A partir daí, o escritor passou a estudar o Folclore . Como poeta, escritor e
pesquisador, Deífilo Gurgel atuou também como diretor do Departamento de
Cultura da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Natal (SMEC), diretor
de Promoções Culturais da Fundação José Augusto (FJA) e presidente da Comissão
Norte-Rio-Grandense de Folclore.
Por falar em romanceiro, o seu livro
“Romanceiro Potiguar” foi lançado após a sua morte.
Sua trajetória passa por inúmeras
atividades culturais, livros publicados, pesquisas sobre o folclore, obras
coletivas, participações em antologias, ganhou vários prêmios literários e
menções honrosas, participou de encontros, seminários, festivais, palestras,
entre outras atividades.
Dentre as suas publicações estão “Cais da
Ausência” (livro de poemas), “Danças Folclóricas do Rio Grande do Norte”, “João
Redondo – Terra de Bonecos do Nordeste”, “Manual do Boi Calemba”, dentre
outros.
FONTE BECHANDO
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